sábado, 23 de fevereiro de 2008

Ao Dormir ...

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Adormeci.
Como de costume às 5h15 da manhã.
Desregulei meu sono, desregulei meu corpo, desregulei minhas retinas para que todos os dias pudessem contemplar a aurora fulminante em minha janela.

Espero o sol nascer... E trazer mais um dia cheio de instantes supérfluos.
Espero o sol nascer... Como quem aguarda uma boa notícia.
Porém, sempre é a mesma mensagem, a mesma imagem e tela.
Já sinto os primeiro raios de luz em minhas paredes. Já está claro.
Então, adormeço.


Os sonhos parecem ter mais vida nessas horas.
E comprimem meu mundo.
A noite é meu dia. E meu dia já não existe.
Porque, talvez, eu não exista.
Apenas, vago perdida no intervalo de tempo de lençóis e janelas.


E o tempo caminha indiferente à realidade.
Tudo é fruto da minha onírica realidade...
Esquecida em alguma gaveta da minha voz.


As coisas mantêm o seu curso natural,
Aquele ritmo alucinante,
Tão veloz que a distinção entre o passado e o presente está embaçada.
O futuro é algo me traz a lembrança uma outra geração.


Conjugo os três tempos como se fossem iguais.
E parece não fazer diferença.


E tudo que desejei era repousar no meio da estrada,


(...)

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{Ouvindo: Art Tatum - Tea for Two}

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